Meus amados irmãos e irmãs, celebramos hoje o décimo sexto domingo do tempo comum. É importante recordar aqui o objetivo deste tempo litúrgico chamado de “comum”. É comum, não porque tem menos importância que os outros, ao contrário, é tão importante, que ocupa a maior parte das semanas do ano litúrgico. Recebe esse nome porque nele “fazemos memória”, ou seja, “tornamos presente”, a vida cotidiana de Jesus. Meditamos o dia a dia da vida pública de Jesus, para assim, santificar o dia a dia de nossas vidas.
A cada domingo, a cada dia da semana aprendemos com Jesus lições que santificam nossas vidas, para que um dia, com Jesus no céu nos encontremos, salvos e santos. Para entendermos o ensinamento de Jesus neste domingo, recordemos o domingo passado. Semana passada víamos Jesus, que depois de chamar os doze apóstolos, de os preparar, os instruindo e os fortalecendo na fé, os envia em missão. Amparados pelo Poder conferido por Jesus, para que pudessem realizar sinais extraordinários. Vale lembrar, sinais grandiosos pelo anúncio do nome de Jesus, não anunciavam a si mesmos, seus próprios nomes. Lição aprendida de Jesus: virtude da humildade. Que é aquela que nos ensina a sermos pequenos. Do grego, humildade vem de tapeinós, do latim, húmus. Ou seja: tapete e terra, pequenos, necessitados de Jesus. Hoje então, vemos o retorno desses apóstolos. Felizes, realizados por todo bem que fizeram. Mas esgotados, cançado da missão. Jesus os convida para um lugar a parte, para descansar na companhia D’Ele. Resultados: multidão corre a frente, chegam antes deles no lugar que deveria ser para o descanso. Devem ter ficado muito decepcionados, desanimados…Mas Jesus, ao contrário deles, foi tomado por outro sentimento, “compaixão”, que do grego significa “sentir a dor”, “sofrer junto”. Lição de Jesus para nós hoje: cultivar a compaixão. Não como sendo dó, ou pena. Mas como Ele quer que sintamos, sentir nas vísceras, em nossas almas a dor do próximo. Jesus deseja que tenhamos compaixão, uma misericórdia visceral. Porque afinal, estavam como ovelhas sem pastor. Perdidos, abatidos, sujeitos a todo tipo de predadores, a rodo tipo de mal. Jesus mostra dessa maneira, o verdadeiro sentido de O seguir, o verdadeiro sentido de ser “cristão”, que é ser “outro Cristo”. Missão esta muito exigente. Por isso, para conseguirmos o bom exito em nossa missão, é necessário encontrar e viver essa identidade de ser outro Cristo.
Viver para servir, viver para os outros. Assim nossa vida não se torna um peso, um fardo desnecessário. Pelo contrário, nossa vida adquire um sentido. E o sentido é, vivendo a vida, o dia a dia de Jesus, santificamos nossa vida, construimos o Reino de Deus e também nossa Salvação. Que assim seja! Pe. Luis Fabiano.